Xamanismo da Deusa Mãe
Nossa tradição

Xamanismo da Deusa Mãe

O Xamanismo da Deusa Mãe é uma tradição milenar resgatada pela XamAM Alba Maria através de seus mais de 40 anos de iniciação e sacerdócio nos fundamentos originários do xamanismo.

Inspirada por suas andanças através dos campos da Deusa, desde os apus andinos, os vales da Chapada Diamantina e as montanhas do norte, até o coração da Floresta e a rebentação do mar da Bahia, a XamAM caminhava a observar os sinais e símbolos de uma tradição ancestral há muito esquecida ou há muito silenciada.

Com sua inteligência, sensibilidade e sensatez, a XamAM ouvia o chamado de uma Voz que há uma eternidade cantava sem ser escutada.Reunindo, com sabedoria, as evidências que se revelavam por toda a parte, a XamAM concebeu essa nova tradição ancestral, legando a seus aprendizes a responsabilidade de resgatar, expandir e preservar a matriz essencial que origina e é raiz de toda fé, a mãe de todo culto: o culto à Grande Mãe.

O Xamanismo da Deusa Mãe tem como seus pilares os quatro elementos e como sua mestra a Natureza. A devoção, a ética, o respeito, a comunidade, o auto conhecimento, o caminho iniciático e o serviço são balizadores de uma prática enraizada no bem viver.

Nossa tradição honra e reverencia todes aqueles que vieram antes, todes aqueles que resguardaram seus segredos e fundamentos pela conservação da espiritualidade como forma de interagir com o mundo e da magia como forma de alterar a realidade.

O Xamanismo da Deusa Mãe se firma em raízes sólidas e profundas ao mesmo tempo que se atualiza a cada instante, reflorescendo verdades e perspectivas que libertam e afirmam a pluralidade do existir.

Reconhece a potência da sagrada feminina e do sagrado masculino como energias essenciais da Criação, presentes em todos os corpos e seres, independente de sua encarnada expressão. Não há soberania entre um ou o outro, mas sim uma comunhão verdadeira de forças vitais, aliadas pela beleza, pela abundância e pela arte.

O Xamanismo da Deusa Mãe comunga das medicinas da Natureza como um caminho de retorno ao centro, ao colo, à útera, ao seio da Grande Mãe. Ao espaço-tempo mítico onde ainda é possível recriar e criar a nossa própria história com a verdade que nos faz feliz.

Com visceral amorosidade, nos conduz à molécula primeira onde brotou a fé, onde a esperança mensageira nos leva sempre adiante, onde o amor de mãe, de pai, de irmão, de irmã, é sempre um leito sagrado e seguro para se desnudar, renascer, se parir.

texto: Kura, junho 2024